HISTÓRIA E FILOSOFIA

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

SINN FEIN (NÓS MESMOS)


Assim como em qualquer tempo onde haja seres humanos formando sociedades, sempre haverá ideologias, sejam elas políticas, religiosas ou econômicas. Isso porque o homem em sua maneira de interagir é um ser disperso e separatista. Nesse sentido, tudo o que envolve a comunicação e a necessidade de sobrevivência, as ideias se propagam pelos diversos setores.


Sinn Féin é um dos movimentos políticos mais antigos da Irlanda. Em gaélico irlandês, a expressão significa "Nós mesmos". O partido foi fundado no dia 28 de Novembro de 1905 por Arthur Griffith.
Em tempos passados os próprios integrantes afirmavam ser o braço político do Exército Republicano Irlandês, o IRA. Na última década, porém as declarações dos dirigentes da entidade afirmam que as duas organizações são completamente independentes, principalmente devido a divergências acerca dos métodos empregados pelo IRA.


"Ainda que fôssemos surdos e mudos como uma pedra, a nossa própria passividade seria uma forma de ação."

                                                                                                        Sartre

ENSAIOS III -  (Michel de Montaigne)


(sobre nossa função social) A maior parte de nossos ofícios são farsados. É preciso representar devidamente nosso papel, mas como papel de um personagem emprestado. Da máscara e da aparência não é preciso fazer uma essência real, nem do estranho o próprio. Não sabemos distinguir a pele da camisa. É bastante enfarinhar o rosto, sem enfarinhar o peito. Vejo os que se transformam e se transubstanciam em tantas novas figuras e novos seres quanto cargos que assumem e que se enfarpelam até o fígado e os intestinos e arrastam seu oficio até seu guarda-roupa. Não posso ensiná-los a distinguir as barretadas que dizem respeito a eles e eles das que visam sua comissão ou séquito, ou sua mula. Inflam e engrandecem sua alma e seu discurso magistral à altura de sua cátedra magistral. O Prefeito e Montaigne sempre foram dois, com uma separação bem clara. Para ser advogado ou financista, não é de se desconhecer a patifaria que há em tais ofícios. Um homem honesto não é contador do vício ou insensatez de sua profissão, e não deve, contudo, recusar seu exercício; é o uso de seu país e há vantagem. É preciso viver do mundo e prevalecer-se dele, tal como o encontramos. Mas o juízo de um Imperador deve estar acima de seu império, e vê-lo considerá-lo como acidente estrangeiro; e deve saber gozar de si à parte e comunicar-se como Jacques e Pierre, ao menos a si mesmo.









domingo, 20 de novembro de 2011

REVOLUÇÃO DOS BICHOS


O Homem é o nosso verdadeiro e único inimigo. Retire-se da cena o Homem e a causa principal da fome e da sobrecarga de trabalho desaparecerá para sempre. 


O Homem é a única criatura que consome sem produzir. Não dá leite, não põe ovos, é fraco demais para puxar o arado, não corre o que dê para pegar uma lebre. Mesmo assim, é o senhor de todos os animais. Põe-nos a mourejar, dá-nos de volta o mínimo para evitar a inanição e fica com o restante. Nosso trabalho amanha o solo, nosso estrume o fertiliza, e, no entanto, nenhum de nós possui mais que a própria pele. As vacas, que aqui vejo à minha frente, quantos litros de leite terão produzido neste ano? E que aconteceu a esse leite, que poderia estar alimentando robustos bezerrinhos? Desceu pela garganta dos nossos inimigos. E as galinhas, quantos ovos puseram neste ano, e quantos se transformaram em pintinhos? Os restantes foram para o mercado, fazer dinheiro para Jones e seus homens. E você, Quitéria, diga-me onde estão os quatro potrinhos que deveriam ser o apoio e o prazer da sua velhice. Foram vendidos com a idade de um ano --nunca mais você os verá. Como paga por seus quatro partos e por todo o seu trabalho no campo, que recebeu você, além de ração e baia? 

A REVOLUÇÃO DOS BICHOS - GEORGE ORWEL

“Lembro-vos também de que na luta contra o Homem não devemos ser como ele. Mesmo quando o tenhais derrotado, evitai-lhe os vícios. Animal nenhum deve morar em casas, nem dormir em camas, nem usar roupas, nem beber álcool, nem fumar, nem tocar em dinheiro, nem comerciar. Todos os hábitos do Homem são maus. E, principalmente, jamais um animal deverá tiranizar outros animais. Fortes ou fracos, espertos ou simplórios, somos todos irmãos. Todos os animais são iguais.”
George Orwell

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

MURO DE BERLIM - UMA IDEIA CONCRETIZADA? 09 NOVEMBRO DE 1989, A QUEDA DO MURO DA VERGONHA.

Em fevereiro de 1989, Chris Gueffroy, de 20 anos, foi morto a tiros por um soldado da Alemanha Oriental, que patrulhava a fronteira. Ele foi a última pessoa assassinada quando tentava pular o Muro de Berlim.
A história de Gueffroy é bem conhecida, mas muitas outras pessoas perderam a vida ao tentar fugir da Alemanha Oriental cruzando o Muro de Berlim. Há pelo menos 136 casos, dizem historiadores do Memorial Muro de Berlim e do Centro de Pesquisa em História Contemporânea de Potsdam.

Escritores, sociólogos, pensadores, políticos e outros substantivos formados pela história humana durante milhares de anos e culturas diversas foram todavia aquilo que representa a humanidade em sua evolução telúrica. Nessa conjuntura social, o século XX representa aquilo que proporcionou uma concretização dos ideais filosóficos teorizados há séculos, seja pelos gregos, seja pelos escolásticos, humanistas, modernos ou contemporâneos. 

O muro de Berlim representa na história uma ideia concretizada. Assim também como escravidão, a globalização, liberalismo, etc. Em 09 de Novembro de 1989 foi uma data que ficou na lembrança de quem viveu uma época de grandes descobertas no campo das ciências e da tecnologia e era espacial, mas a queda de um muro que dividia apenas ideias foi uma prova daquilo que muitos religiosos mais sensatos repetem: a moral anda a passos lentos enquanto que a ciência avança a passos largos.



Em 1929, ganhou um grande fluxo de adeptos, de forma que, ajudado pela violência contra inimigos políticos, seu partido floresceu. Após o fracasso de sucessivos chanceleres, o presidente Hindenburg indicou Hitler como chefe do governo (1933).

Hitler criou uma ditadura unipartidária e no ano seguinte eliminou seus rivais na "noite das facas longas". Com a morte de Hindenburg, ele assumiu o título de presidente do Reich Alemão. Começou então o rearmamento, ferindo o Tratado de Versalhes, reocupou a Renânia em 1936 e deu os primeiros passos para sua pretendida expansão do Terceiro Reich: a anexação com a Áustria em 1938 e a tomada da antiga Tchecoslováquia.