O documento que afirma a origem, ou seja a certidão de nascimento do Brasil é a carta de Pero Vaz de Caminha. Nela está o que realmente foi visto pelos navegantes portugueses que, digamos, já sabiam dessas terras. Mas para fazermos um paralelo entre uma posse "justificada" por decretos e documentos que comprovassem sua autenticidade, temos por outro lado, que buscar outros registros antigos, por exemplo, os Hebreus onde "justificando" seus direitos sobre as terras conquistadas puderam de forma simbólica demonstrar sua superioridade diante de outras nações.
Abaixo está transcrito como o sucessor de Moisés fez para, não apenas impor sua liderança, mas também para garantir direitos sobre territórios alheios. Vejamos um trecho:
"E sucedeu depois da morte de Moisés servo do SENHOR, que o SENHOR falou à Josué, filho de Num, servo de Moisés, dizendo:
_Moisés, meu servo é morto, levanta-te, pois, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu disse a Moisés." Jos.1:1-3.
Muito bem, agora vejamos como nossos descobridores afirmaram sua presença:
"Tome Vossa Alteza, porém, minha
ignorância por boa vontade, e creia bem por certo que, para aformosear
nem afear, não porei aqui mais do que aquilo que vi e me pareceu." Muito interessante, aqui é o homem quem fala para seu senhor.
E assim foi como viram os habitantes dessa terra: "Eram pardos, todos nus, sem
coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam arcos
com suas setas. Vinham todos rijos sobre o batel; e Nicolau Coelho lhes
fez sinal que pousassem os arcos. E eles os pousaram."
E continuando... feição deles é serem pardos,
maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem-feitos.
Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem estimam de cobrir ou de mostrar
suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto.
Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos
brancos e verdadeiros, de comprimento duma mão travessa, da grossura
dum fuso de algodão, agudos na ponta como um furador. Metem-nos pela
parte de dentro do beiço; e a parte que lhes fica entre o beiço e os
dentes é feita como roque de xadrez, ali encaixado de tal sorte que não
os molesta, nem os estorva no falar, no comer ou no beber.