HISTÓRIA E FILOSOFIA

quarta-feira, 17 de julho de 2013

MANIFESTAÇÕES COMO FERRAMENTAS PARA CONSERTAR A POLÍTICA

“Em nossa sociedade, os homens são paranoicamente ambiciosos, porque a ambição paranóica é admirada como uma virtude e os que alcançam sucesso são adorados como se fossem deuses.”

Aldous Huxley (1894-1963) 

É correto concordar com o economista Adam Smith quando diz que "a riqueza de uma nação se mede pela riqueza do povo e não pela riqueza dos príncipes". A ostentação do luxo que a elite de nosso país demonstra, é um verdadeiro modelo praticado pelos príncipes e reis absolutistas desde os tempos que antecederam a Revolução Francesa. Os símbolos carregados de aparatos que demonstram o luxo, tais como, seguranças particulares, carros blindados, aviões, tribunas que celebram cerimônias como premiações, etc. são tantos ornamentos que não estão compatíveis com a miséria que ainda aflige parte da população. 

Os protestos no país tiveram sua origem, ainda que implícito, nesse descontentamento. Logo depois a mídia denuncia abusos por parte de políticos em relação à solicitação de aviões da FAB para uso próprio. Isso é também um símbolo. Deixa um povo descontente quando muito furioso. Esse tipo de postura continuará a ser praticado. Somente com constantes manifestações elas irão ceder e enfraquecer.


Perguntas de um Trabalhador que Lê

" Quem construiu a Tebas de sete portas?
Nos livros estão nomes de reis.
Arrastaram eles os blocos de pedra?
E a Babilônia várias vezes destruída
Quem a reconstruiu tanta vezes?
Em que casas Da Lima dourada moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta?
A grande Roma está cheia de arcos do triunfo Quem os ergueu?
Sobre quem triumfaram os Cesares?
A decantada Bizancio tinha somente palácios para os seus habitantes?
Mesmo na lendária Atlântida
Os que se afogavam gritaram por seus escravos
Na noite em que o mar a tragou?
O jovem Alexandre conquistou a Índia. Sozinho?
César bateu os gauleses.
Não levava sequer um cozinheiro?
Filipe da Espanha chorou, quando sua Armada Naufragou.
Ninguém mais chorou?
Frederico II venceu a Guerra dos Sete Anos.
Quem venceu além dele?
Cada página uma vitoria. Quem cozinhava o banquete?
A cada dez anos um grande Homem. Quem pagava a conta?
Tantas histórias. Tantas questões."

quarta-feira, 10 de julho de 2013

PROTESTOS PARA MUDAR


Os protestos realizados nos últimos dias pelo Brasil a fora, já mudaram, pelo menos de alguma forma, o discurso de muitos políticos. Sabemos que a insatisfação do povo é voltada principalmente à esfera pública que tem a responsabilidade de manter a organização social e o bem-estar da sociedade. Contudo, são mudanças tímidas e que ainda não têm uma forma visível e concreta. Podemos dizer até que ainda estamos no nível da discussão. Já percebemos que o clima é de efervescência política: discussão sobre melhores condições de transportes; segurança; educação e saúde, são temas de maior urgência que a cada dia ganha força. Em contra-partida, o governo coloca em pauta uma reforma política. Algo como uma "maquiagem de ação", ou seja, tenta transparecer que está agindo em favor das solicitações do povo nas ruas. Nós brasileiros, devemos aproveitar o momento para um "amadurecimento político" para melhor entender as sutilezas daqueles que detêm o poder. É comum entre governantes reagir contra forças que podem abalar a estrutura vigente.

Nesse clima de insurgência de um povo insatisfeito, é comum essa mesma sociedade sofrer danos, sejam eles físicos, ou financeiros, como é o caso de destruição de patrimônios públicos. Uma coisa é certa, o joio sempre estará no meio do trigo. Isso faz parte da própria natureza humana. Não podemos é julgar um campo cultivado apenas por um determinado elemento, no caso, o mal, e sim, pela abundância que há dos bons.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

DIA DO PACIFICADOR OU DO PACÍFICO?


"Eu formo a luz e crio as trevas, promovo a paz e causo a desgraça; eu, o Senhor, faço todas essas coisas".
Isaías 45-7

Hoje é o dia do Pacificador, e como diria Mahatma Gandhi: "não existe um caminho para a paz. A paz é o caminho". Na bíblia, nas versões mal traduzidas, todas dizem: "bem-aventurados os pacificadores" (Mt.5:9). Assim, a bíblia atribui ser bem-aventurado a quem faz a paz e não  a quem é pacífico. Entre fazer e ser existe um abismo imenso. Principalmente quando tratamos de virtudes. Fica somente uma pergunta: é bem-aventurado quem faz a paz ou quem tem a paz?