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"Existem dois tipos de pessoas no mundo. As que amam o poder e as que têm o poder de amar." ...isso não saiu de Hugo Chávez, certo? |
O que há por trás de toda esta situação política na Venezuela
não é outra coisa senão a terrível perda pelo poder. Esse poder político
atrelado ao poder econômico que sempre andam de mão dadas torna-se mais
perigoso quanto mais centralizado. E quanto mais o homem o deseja, mais dele
tem necessidade. É como um caminho sem volta. Alguém já viu um Mao Tse Tung
voltar ao ostracismo? Ou um tipo Adolf Hitler?
Hugo Chávez sabe que se sair bem dessa que, aliás, duvido que
saia, porque veja bem, só pelo fato de está amparado pela melhor medicina do
mundo e ainda corre sérios riscos de morte, diante disso, podemos imaginar a
gravidade do problema, ou não? Mas quem se encontrar na posição de um político
como Chávez, que detém nas mãos uma nação rica em petróleo, sabe que pode
enfrentar qualquer abalo econômico, isto em detrimento de uma nação ingênua
como é qualquer povo que ainda prefere a velha política do “pão e circo”, inclusive
no Brasil.
Cuba morre de velha. Venezuela de câncer. O que as duas
nações têm em comum? Duas ideias semelhantes e caducas. O que as diferenciam?
Pobreza. Mas sua pobreza não está em recursos naturais, ela é do povo nas duas
nações. A riqueza é de poucos em uma e só um pouquinho na outra. Fidel Castro
não tem câncer, mas deixará uma chaga mortal no povo cubano que já persiste por
mais de meio século. Hugo Chávez não deixará o poder, mas o poder lhe deixará.
Apenas com uma diferença: seus correligionários irão enfrentar uma oposição
sedenta de liberdade e também de poder.
O ciclo sempre irá se repetir assim como em outras épocas na
antiga Roma. Como o grande Cézar que deliberava contra o senado ao voltar das
Gáleas só para depois favorecer a classe pobre com “pão e circo”. Não existe
democracia na atualidade. Somente houve no passado quando na Grécia Antiga os
cidadãos decidiam os rumos da polis
grega. Jacques Rousseu estava certo quando diz em sua obra O Pacto Social que os súditos do Estado nomeiam representantes para
ir às assembléias e pagam soldados para defender a pátria, isto só fazem por
preguiça e acomodação. Eis o Estado moderno.