HISTÓRIA E FILOSOFIA

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

TEMPO E DINHEIRO E OS DITOS POPULARES

Pilatos popularizou uma das frases mais conhecidas do nosso cotidiano. No julgamento de Jesus, para sair sem culpa da injustiça que estava a ponto de cometer e pressionado para condená-lo lavou as mãos diante da multidão, dizendo: Estou inocente do sangue deste justo. Considerai isto." Mt 27:24. Uma maneira inteligente pra não dizer covarde de dizer "não tenho nada a ver com isso. Se virem!".

Como disse Nietzsche "há homens que nascem póstumos". E foi essa mesma sentença que se popularizou entre nós ao ponto de ninguém tentar contestá-la. Talvez pela força de sua veracidade ou pelo fato de que a maioria das pessoas nem param pra pensar nos chamados "ditos populares". De fato, existe máximas que caem no gosto popular e, sem saber o povão, foram ditas por grandes pensadores. Mas voltando à frase citada, e como dizemos no Nordeste, "tem gente que nasce morto", é bom que os "corajosos" de plantão reflitam sobre isso. Mais um ano está acabando e outro está chegando e as perguntas ficam: o que fazer de novo? O que não foi realizado? O que podemos fazer para que algo pensado saia da ideia e se torne um ideal? Aliás, você tem um ídolo ou um ideal? É certo que na teoria somos capazes de tudo, mas na prática...

Já passamos do momento de percebermos que o mais importante das nossas sensações biológicas foi o tempo. Digo isso por que no passado era necessário ter tempo para viver mais. Era preciso ter tempo para prolongar a vida; o homem idoso era o que tinha mais respeito, ser velho era ser sábio e assim por diante. Hoje é preciso ter dinheiro. Quem tem dinheiro tem o tempo. Falando nisso, lembra de uma expressão popular de que "tempo é dinheiro"? Percebam que agora é o contrário? Ou seja, dinheiro é tempo. Um prisioneiro tem tempo, mas se não tiver dinheiro... Já o prisioneiro se tiver dinheiro nem prisão ele terá.