HISTÓRIA E FILOSOFIA

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

A VONTADE GERAL E A VONTADE DE TODOS

"Apenas quando uma vontade desperta no homem o desejo de conquista, e tão logo ele consiga, procura-se substituir tal desejo por outro desconhecido. Eis a eterna força que impulsiona a humanidade para seus desejos"

Jander Lopes

Um dos grandes pensadores do período da filosofia moderna que influenciou o mundo político de sua época foi Rousseau. Muitas ideias sobre o Estado moderno foram concebidas de uma de suas maiores obras: O Contrato Social. Nela há grandes questionamentos, alguns respondidos e outros para fazermos responder e refletir. Estou me referindo a uma questão em que o filósofo faz uma distinção entre vontade geral e vontade de todos. Podemos encontrar esses termos no segundo livro do capítulo III onde Rousseau faz a seguinte distinção: 

Via de regra, há muita diferença entre a vontade de todos e a vontade geral; esta se refere somente ao interesse comum, enquanto a outra diz respeito ao direito privado, nada mais sendo que uma soma das vontades particulares. Quando, porém, se retiram dessas mesmas vontades os mais e os menos que se destroem mutuamente, resta, como somas das diferenças, a vontade geral. Rousseau, J Jacques, O Contrato Social, Livro II,Cap.III.
Maquiavel, fingindo dar lições aos Príncipes, deu grandes lições ao povo.

(Rousseau)

Diante disso, façamos a seguinte pergunta: quando vamos escolher nossos representantes, o que realmente prevalece, a vontade de todos ou a vontade geral? A vontade de todos é aquela em que cada um busca os seus interesses particulares, enquanto a vontade geral busca o bem comum. Nesse ponto, o filósofo ainda é atualíssimo, esses dois conceitos estão presentes no nosso dia-dia e nem percebemos quando 99% optamos sempre pela vontade de todos.