HISTÓRIA E FILOSOFIA

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

George Orwell 1903-1950


O BIG BROTHER NOS ANOS 80

      George Orwell, escritor inglês falecido em 1950, desencantado com o socialismo, especialmente com sua faceta stalinista, causa que abraçara para melhor lutar contra o nazi-fascismo, dedicou os últimos anos de vida a denunciar o comunismo stalinista. Para tanto publicou dois livros, nos anos de 1945 e 1949, ambos com impressionante projeção, e que fizeram por acirrar ainda mais o feroz debate ideológico entre comunistas e democratas que dividiu o mundo intelectual na época da guerra fria. Um deles intitulava-se Animal Farm (A revolução dos bichos), e o outro simplesmente tinha um número na capa, o Nineteen Eigthy Four ("1984"), no qual apareceu pela primeira vez o onipresente Big Brother, o Grande Irmão.



"Todos os homens procuram ser felizes. Isto é sem excepção. Quaisquer que sejam os diferentes meios que empregam para isso, todos tendem para esse fim. O que faz que uns vão à guerra e outros não é este mesmo desejo que  está, nuns e noutros, acompanhado de diferentes modos de ver. A vontade nunca dá nenhum passo, por pequeno que seja, a não ser para este objetivo. É o motivo de todas as ações de todos os homens, até mesmo dos que se vão enforcar (…)»
                                                                                            Pascal, Pensées 425

"Estamos a viver num mundo onde ninguém é livre, no qual dificilmente alguém está seguro, sendo quase impossível ser honesto e permanecer vivo.»
                                                                                            George Orwell


domingo, 13 de fevereiro de 2011

EGITO: LIBERDADE E INCERTEZAS


     O mundo viu nos últimos dias uma nação que foi protagonista na história de vários feitos históricos, conquistas, riquezas e guerras. Agora, a terra dos faraós, a nação que tem como uma "praça cosmopolita" uma das sete maravilhas do mundo antigo passa a ser a protagonista de uma anarquia contra uma ditadura, que durante 30 anos manteve seu povo como meros fantoches. Ou  como nos países latino-americanos em situações semelhantes as que ocorreram nas américas nos anos 70. Enquanto naquele tempo muitos aqui se libertavam, lá era escravisada. O Egito, um país que tem seus personagens nos livros sagrados, onde matemáticos, astrônomos e cientistas foram buscar conhecimento e até mesmo o próprio Cristo se refugiou e  que teve sua religião, ciência, política e escravidão registrada nas páginas da história e que, agora o mundo vê com outra imagem. Nesta semana, o mundo viu, aquela nação, rica no passado, hoje uma nação pobre e assolada por uma ditadura moderna e liberta pelo esgotamento de tolerância de seu povo. Agora é sempre um futuro incerto. Festa na libertação, angústia na tragetória, assim foi também nos países onde esses tipos de reação criou-se uma expectativa de melhorias, onde hoje vemos que não é bem assim liberdade é uma contínua busca.  Como dizia Mahatma Gandhi: libertarei primeiro de mim mesmo, só depois a Índia pode ser liberta. De fato, a índia só veio ter seus momentos de liberdade, após 1950 com sua e considerada a maior constituição do mundo. 
     Como tudo na história tem algo para nos mostrar e ensinar, só resta saber quando de fato um país que ao se livrar de uma ditadura militar, ficará até quando presa a uma ditadura social e econômica, exemplo disso o próprio Brasil, Argentina, Chile, etc. Ou será que, como diz Jean-Jacques Rousseau, na introdução de O Contrato Social: "O homem nasceu livre, e não obstante está acorrentado em toda parte. Julga-se senhor dos demais seres sem deixar de ser tão escravo como eles." Eis aí uma sentença bem atual. Vamos ver até quando revoltas só servirão de exemplos.

Por: Jander L de Souza

PRESIDENTE NORTE AMERICANO VISITA RIO GRANDE DO NORTE DURANTE 2ª GUERRA MUNDIAL

 
  É curioso quando um fato histórico acaba passando despercebido por muitos e ainda mais quando esse feito está situado num período conturbado da história como na 2ª Grande Guerra Mundial. A visita de um presidente norte americano em qualquer país do mundo nos tempos atuais causa manifestações populares contra ou a favor, mais contra do que a favor, é verdade. Mas em 1943 em plena guerra, o presidente Franklin Delano Roosevelt visitou o estado do Rio Grande do Norte este, por se encontrar numa posição estratégicamente favorável à um possível confronto com as forças nazistas, foi o palco desse encontro.
     O então presidente do Brasil na época Getúlio Vargas, que já estava no poder desde 1930, fez a calorosa recepção junto com os potiguares. O que os dois presidentes tinham em comum na época, era justamente essa permanência no poder: um pelo lado apoiado pelo povo e que fez dos EUA emergir das cinzas como uma ave fênix depois da depressão de 1929, e o outro pelo um golpe de estado e uma forte campanha para marcar seu estilo populista. Talvez a vinda do presidente dos EUA foi para dizer ao presidente brasileiro em qual lado ele iria jogar, pois sua posição tímidamente nazista deveria ser mudada naquele momento. Então vem um jogador mudar as peças do xadrez. Ou quem sabe dizer naquele momento o que realmente é saber mandar.
      Com isto tiramos um aprendizado pela história: o que fazer quando não temos opção? Ou será que sempre temos opção e não queremos mudar? Quem sabe o filósofo existencialista Jean-Paul Sartre (1905-1980) tenha razão quando diz que temos sempre que escolher. E mesmo deixar de escolher optamos por uma escolha.

Por: Jander l de Souza.