HISTÓRIA E FILOSOFIA

quinta-feira, 29 de março de 2012

O OLHO DO OBSERVADOR INTERFERE NO OBJETO OBSERVADO


Qual sua visão do mundo? Em que você baseia seu pensamento para tirar conclusões sobre o que conhece ou julga conhecer? Saiba que nem sempre o certo ou errado são conclusões absolutas. Até o fim da Idade Média e início do Renascimento o homem ainda acreditava que ele mesmo era o centro de tudo, o que passou a se chamar de antropocentrismo. E bem antes, desde os gregos antigos, durante mais de mil anos o sol era o centro do universo. Nem mesmo Aristóteles (384-322 a.C.) um dos maiores pensadores do mundo antigo escapou de um fracasso traiçoeiro de seu pensamento, pois a própria Igreja herdou seu pensamento com essa visão da sistemática de nosso sistema solar. E só com Galileu Galilei (1564-1642) é que houve essa ruptura desse pensamento aristotélico (que só em 1992 a Igreja fez sua mea culpa em relação ao caso Galileu).

Ora, se grandes pensadores ficaram conhecidos na história também por uma visão errônea do mundo. Então como realmente temos certezas absolutas? Podemos ter certeza de alguma coisa apenas quando esta é um ínfimo "ocupante" de um espaço infinito, como uma cadeira, por exemplo. Que mesmo assim ainda está muito limitada à nossa própria linguagem. Como dizia Wittgenstein (1889-1951) "Que o mundo é meu mundo revela-se no fato de os limites da linguagem ( da linguagem que apenas eu compreendo ) significarem os limites do meu mundo"