HISTÓRIA E FILOSOFIA

quinta-feira, 12 de julho de 2012

ESTRANHA LOUCURA

Em seu livro História da Loucura, Foucault apresenta o fenômeno da loucura desde o Renascimento até o seu total estabelecimento na sociedade. Sendo que, não só a maneira de o homem lidar com a loucura sofreu transformações com o passar dos séculos, mas também o modo pelo qual esta foi encarada pela razão.




"A psicologia nunca poderá dizer a verdade sobre a loucura, pois é a loucura que detém a verdade da psicologia." Michel Foucault. 
Além de uma crítica contra o método científico e sua possível pretensão da verdade que a ciência tenta se arvovar como a principal detentora de tal conhecimento, Michel Foucault demonstra claramente que a experiência de algo é sempre mais importante do que especulações que se possa fazer sobre qualquer forma de saber. Além do mais, as ciências, principalmente no final do século XIX e início do século XX se fragmentou tornando-se cada uma dona da "sua situação" onde elas propunham a solução para tudo. A loucura é tão indecifrável que até mesmo Isaac Newton certa vez disse "Eu consigo calcular o movimento dos corpos celestiais, mas não a loucura das pessoas." Então, Foucault compartilhava com o mesmo pensamento do físico inglês. Mas podemos saber a opinião de Shakespeare sobre o assunto? Vejamos em poucas palavras: "O amor é a única loucura de um sábio e a única sabedoria de um tolo." E você, o que pensa sobre isso? Fica como reflexão uma frase nietzscheana "Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura".

HOMENAGEM DE HOJE
Erasmo de Roterdã  (nasceu em 28 de outubro de 1466 e morreu em 12 de julho de 1536). Sua obra principal: Elogio da loucura publicado em 1511.
A loucura faz um sarcasmo do saber. Segundo Erasmo de Rottterdam (apud Foucault, 1972, p. 24), pelo fato de a loucura ser uma fraqueza humana, “ela é um sutil relacionamento que o homem mantém consigo mesmo”. A partir do momento que o homem se apega a si mesmo, ele se ilude, surgindo, então, o primeiro sinal da loucura. A loucura aparece como uma suposição para esta ignorância humana. Ela não diz respeito à realidade do mundo, mas sim à realidade que o homem acredita existir.