HISTÓRIA E FILOSOFIA

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A VERDADE E SUAS VESTES

"Em um ponto o ódio é mais inteligente que o amor: o ódio é capaz de ver o lado bom da pessoa odiada, e o amor é incapaz de ver o lado mau da pessoa amada."
Giovanni Papini (1881-1956)


Vamos acompanhar a lógica de um pequeno texto desse grandioso escritor italiano sobre o que ele diz da verdade que os homens defendem tanto por vários motivos que, às vezes, nem sempre desejam ouvir, como o próprio Giovanni Papini diz:

 "o homem deseja e odeia a verdade." Agora até que ponto o homem odeia e deseja? Ele diz: "Quer mentir aos outros- quer que o enganem (prefere a ficção à realidade), mas por outro lado receia o engano, quer o fundo das coisas, o verdadeiro verdadeiro, etc.
Somente a razão conduz à verdade. Mas só os fanáticos, os visionários e os iluminados fazem as coisas grandiosas, mudanças, descobertas. A verdade, de tanto se tornar necessária, conduz à secura, à dúvida, à inércia - à morte.
É muito natural que os homens odeiem aqueles que dizem ou tentam dizer a verdade. A verdade é triste (dizia Renan) - mas, com maior frequência, é horrível, temível, anti-social. Destrói as ilusões, os afetos. Os homens defendem-se como podem. Isto é, defendem a sua pequena vida, apenas suportável à força de compromissos, de embustes, de ficções, etc. Não querem sofrer, não querem ser heróis. Rejeição do heroísmo-mentira.