HISTÓRIA E FILOSOFIA

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

ARTHUR SCHOPENHAUER


O dinheiro é uma felicidade humana abstracta; por isso aquele que já não é capaz de apreciar a verdadeira felicidade humana, dedica-se completamente a ele.


22/2/1788, Dantzig, Prússia, atual Polônia
21/9/1860, Frankfurt, Alemanha

Consta que o grande escritor argentino Jorge Luís Borges começou a aprender alemão para poder ler a principal obra de Arthur Schopenhauer, "O Mundo como Vontade e Representação". O escritor afirmou que "se tivesse que escolher um livro de filosofia, escolheria esse livro. Creio que foi ele que deu, de algum modo, digamos, a cifra, a chave para entender o mundo".

Arthur Schopenhauer nasceu numa família abastada. Seu pai dedicava-se ao comércio e sua mãe era uma escritora conhecida. Aos nove anos foi à França para estudar a língua francesa e mais tarde viajou por vários países da Europa. Aos 17 anos, ingressou na faculdade de comércio de Hamburgo.

Trabalhou como aprendiz de comerciante em Dantzig, em 1803, e em Hamburgo, entre 1804 e 1805. Com a morte do pai, nesse mesmo ano, Arthur Schopenhauer recebeu uma herança e pode dedicar-se inteiramente a suas atividades intelectuais.

Em 1809, ingressou na Universidade de Gottingen para estudar medicina. Transferiu-se para a Universidade de Berlim em 1811 e, dois anos depois, publicou o tratado "Sobre a Quádrupla Raiz do Princípio de Razão Suficiente". Nesse mesmo ano doutorou-se pela Universidade de Jena.
Voltou então para a casa de sua mãe em Weimar, onde conheceu o poeta Wolfgang Goethe, de quem se tornou amigo. Mudou-se depois para Dresden, onde viveu até 1818.

Arthur Schopenhauer publicou "O Mundo como Vontade e Representação" em 1819, obra que se tornaria fundamental no campo da filosofia moral. Diz-se que o filósofo Friedrich Nietzsche encontrou o livro num sebo e não conseguiu interromper sua leitura até chegar à última linha.

Em 1820, já ensinando na Universidade de Berlim, Schopenhauer anunciou um curso que seria ministrado ao mesmo tempo em que o de um outro filósofo, G. W. F. Hegel. Com o afluxo de estudantes ao curso de Hegel, a palestra de Schopenhauer não atraiu mais do que quatro alunos, acirrando ainda mais a rivalidade entre ambos.

Em 1822, Schopenhauer viajou à Itália, onde permaneceu por três anos. Fez depois um curso com o filósofo Johann Gottlieb Fichte, na Universidade de Berlim, durante dois anos.

A obra de Arthur Schopenhauer aos poucos conquistou um público abrangente, não só de filósofos, mas também de artistas, escritores, intelectuais e pessoas comuns.

Uma epidemia de cólera, em 1831, levou Schopenhauer a Frankfurt. Em 1836, Schopenhauer escreveu "Sobre a Vontade na Natureza".
Reservado, Schopenhauer passou a viver em isolamento, preferindo a companhia dos cães à companhia dos homens. O filósofo morreu em 1860, em Frankfurt, de ataque cardíaco.

http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&cd=2&sqi=2&ved=0CDgQFjAB&url=http%3A%2F%2Fpensador.uol.com.br%2Fautor%2Farthur_schopenhauer%2F&ei=Xrl5TqbzKoHHgAfQhpm6AQ&usg=AFQjCNGN582Fo8So5o3G-_uXaukDgBkZ1Q


sábado, 10 de setembro de 2011

DEUS - A IDEIA BÍBLICA

Apesar dos avanços nas liberdades de expressões e opiniões, hoje a literatura tornou-se mais acessível do que na Antiguidade e Idade Média. Livros como a Bíblia por exemplo, que no passado considerava-se um sacrilégio sua leitura por um leigo, hoje está mais banalizada do que sagrada - o santo deu lugar ao profano - a verdade é que se a Igreja no passado impedia que o povo interpretasse a Bíblia, ela tinha lá suas razão no que concerne à compreensão e interpretação (e como isso aconteceu, deu no que está dando), das mais variadas interpretações que existe, nenhuma, busca de fato uma verdadeira reflexão; são apenas subsídios deixados pela igreja romana. E Deus? Qual seu verdadeiro lugar? Sua identidade? Nada mais é dito - e ele é o principal protagonista das histórias bíblicas - mesmo que tendo impregnações greco-romano, hoje Ele não passa apenas de uma personagem coadjuvante. A frase contida no Salmo 23 versículo 1, que é a sentença mais capitalista que considero na Bíblia, onde afirma seu caráter materialista quando diz "O Senhor é meu pastor, nada me faltará"  ela diz verdadeiramente o que um egoísta procura, se Carl Marx não fosse ateu, diria que esta frase seria de sua autoria. Veja que o Senhor só é pastor por que nada faltará para quem o busca. Creio que o sentido verdadeiro é "O Senhor é meu pastor, ELE não me faltará". Mas sabemos que por detrás disso tudo existe uma história. E toda história é o homem quem faz. 
Pitágoras e a Escola de Atenas


"Por causa de si entendo aquilo cuja essência envolve aexistência; ou, isto, aquilo cuja natureza não pode ser concebida senão como existente."  
Baruc de Espinoza


"Deus é o ser acima do qual nada de maior pode ser pensado". 
Santo Anselmo


"Os que vivem no desregramento dizem aos que vivem na ordem que são estes que se afastam da natureza, e julgam segui-la: como os que estão num barco julgam que os que estão na margem fogem. A linguagem é semelhante em toda a parte. É preciso ter um ponto fixo par julgar. O porto julga os que estão no barco, mas onde conseguir um porto na moral?"


B. Pascal


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"Como é terrível conhecer quando o conhecimento não favorece quem o possui"
  
                                Sófocles






segunda-feira, 5 de setembro de 2011

AMOR POR PRINCÍPIO, A ORDEM POR BASE, O PROGRESSO POR FIM - Nossa bandeira: Ordem e Progresso, um conceito filosófico positivista.

Ele nasceu Renato Manfredini Júnior, em 27 de março de 1960, mas se tornou famoso com um sobrenome inspirado no poeta e filósofo iluminista Jean-Jacques Rousseau, no filósofo racionalista inglês Bertrand Russell e no pintor pós-impressionista francês Henri Rousseau.

Por mais que não percebamos sua presença, seja por onde agimos ou pensamos, um conceito filosófico sempre está presente. Seja na sociedade como o ato de agir como um animal político, como dizia Aristóteles, ou em casa como o ato de gerar opinião sobre variados assuntos e até mesmo no trabalho como um contrato de troca de mão-de-obra. Em qualquer ação sempre está presente, e para isso tenho como um exemplo as palavras de August Comte na bandeira brasileira. O chamado Ordem e Progresso não passa da ideia positivista de August Comte. Conhecer o positivismo, contudo, é particularmente importante aos brasileiros, devido à grande influência que esta escola filosófica exerceu no país na virada dos séculos 19 e 20. Se o leitor for atento, percebe que o objetivo da filosofia de Comte é a ordem e o progresso, lema inscrito na bandeira adotada após a proclamação da República.

 Religião, política, ciência e arte constitui as "bases" da filosofia, ou seja, tudo o que há no mundo de alguma maneira e de um modo geral, tem uma relação direta com esse quarteto conceitual. É bem verdade que de tempos em tempos alguns desses conceitos constituíram a centralidade das discussões dependendo do contexto social, político, religioso ou artístico. Na Idade Média a religião se destacou com a ideia de Deus dando lugar central nas discussões filosóficas. Na modernidade, entra em cena a ciência que aos poucos desmistifica as ideias até então concebidas como por exemplo, a terra como centro do universo (geocentrismo) e dando lugar ao (heliocentrismo) sol como centro. Hoje, sabemos que o sol não é mais o centro do universo como também nossa galáxia e nem mesmo a única no cosmo. Daí percebemos que não só constantemente estamos fazendo nossos conceitos como também os conceitos estão continuamente sendo modificados (seu significado) pelo homem. 

As idéias de Comte, em especial através dos pensadores Miguel Lemos (1854-1917), Teixeira Mendes (1855-1927) e do militar Benjamin Constant (1836-1891), se impuseram aos círculos republicanos brasileiros, contribuindo para nortear a nova ordem social republicana, em especial nos governos Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto


"Reformulação,
Reorganize o jogo no qual você se encontra
Vamos começar do início
Com confiança você irá vencer
É por esse motivo que você nasceu
Porque jesus cristo, cara
Não vai
Mais voltar
Ele estabeleceu suas leis justas
E você sabe bem
Que ele fez
Apenas o que deveria ter feito"

Recomendo a você escutar a música com uma tradução de How Could I Know composição de Raul seixas que trata do tema proposto por essa pequena postagem. Quem sabe também nós não precisamos fazer nossas reformulações? Augusto Comte foi um importante filósofo e sociólogo francês do século XIX. É considerado o criador do Positivismo e da disciplina Sociologia. Nasceu na cidade de Montpellier (França) em 19 de janeiro de 1798. Morreu na cidade de Paris (França) em 5 de setembro de 1857.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O PAGANISMO

"Se vale a pena viver
e se a morte faz parte da vida,
então,
morrer também vale a pena..."


                                                         Imannuel Kant

A palavra pagão provém do latim paganus, cujo significado é o de uma pessoa que viveu numa aldeia, num dado país, um rústico. O uso mais comum da palavra no latim clássico era utilizado para designar um civil, alguém que não era um soldado. Em torno do século IV, o termo paganus começou a ser utilizado entre os cristãos no Império Romano, para se referir a uma pessoa que não era um cristão e que ainda acreditava nos antigos deuses romanos. A primeira é que a população cristã foram encontradas nas cidades de Roma e Constantinopla.
As crianças que morrem sem ser batizadas, vão para o céu: essa é a conclusão da Comissão Teológica Internacional, em seu documento "A esperança da salvação para as crianças que morrem sem o Batismo", com 41 páginas, e aprovado por Bento XVI em 19 de abril de 2007.
Código de Direito Canônico.
Livro I
DAS NORMAS GERAIS
Can. 97 Cap. I - DA CONDIÇÃO CANÔNICA DAS PESSOAS FÍSICAS
§ 2. O menor, antes dos sete anos completos, chama-se criança, e é considerado não senhor de si; completados, porém, os sete anos, presume-se que tenha o uso da razão.
Can. 867
§ 2. Se a criança estiver em perigo de morte, seja batizada sem demora.
Cân.  871 Os fetos abortivos, se estiverem vivos, sejam batizados, enquanto possível.

Constantino deu liberdade de culto aos cristãos. O Edito de Milão (313) pos fim às perseguições promovidas pelo Império. Isso ocorreu devido ao fato da maioria dos romanos terem aderido ao Cristianismo, o que, aliás, forçou, nessa ocasião, por volta do ano 306, o imperador Constantino I a tolerar o Cristianismo, e, logo depois, a reconhecê-lo oficialmente em seu Império. Mesmo predominantemente cristão, o Império mantinha, porém, todas as suas festas e rituais profanos (de sacrifícios e de queima de incensos). No Coliseu, por exemplo, continuavam sendo promovidas as grandes lutas de gladiadores e passaram a executar os criminosos comuns.