HISTÓRIA E FILOSOFIA

sábado, 25 de junho de 2011

O CRIME ORGANIZADO SUPERANDO UMA SEGURANÇA DESORGANIZADA


"Se fosse necessário estudar todas as leis, não teríamos tempo para as transgredir."

                                     (Johan Wolfgang Von Goethe) 

Até que ponto o crime organizado supera a tática policial? Por que a ação do mal prevalece contra a força do bem? Enquanto a criminalidade se supera agindo na surdina e na proibição  a inteligência dos peritos do sistema de segurança do país decresce, mesmo este tendo a seu favor uma ação aberta e livre, em outras palavras, quanto mais o bandido encontra dificuldade para realizar um crime, mais ele se especializa em sua ação.  O contexto que se apresenta hoje no Brasil no que diz respeito o combate ao crime organizado é que o bandido supera a tática e a inteligência da polícia. Mas de um modo geral devemos entender que a força policial faz parte de um sistema de segurança que é interdependente e ligado a um sistema jurídico falido. É bem verdade que a instituição em si mesma tem seus defeitos e suas virtudes como em qualquer outra e até em certo ponto retrai o crime. Porém esta deveria atuar de uma maneira mais eficiente e fazer uso de suas potencialidades táticas traçando metas para alcançar o objetivo. Me lembrei de um filósofo grego chamado Epíteto que viveu em 135-55 a.C. que em sua obra chamada Manual escreveu o seguinte "Diante de qualquer ação, pondera os antecedentes e as consequências, e só depois, mas só depois, começa a executá-la. Caso não procedas assim, grande será o teu ânimo no começo, dado que não cuidaste das dificuldades que a seguir se apresentam. Tempo depois, quando essas dificuldades, uma a uma, se apresentarem, abandonarás a tua tarefa de maneira vergonhosa." Diante de tal axioma, faça uma análise entre um policial que sai de casa para o trabalho e o bandido que pretende cometer um delito. Qual dos dois levará essa máxima em consideração mesmo sem saber se foi um filósofo que disse a 2200 anos atrás?




O EXÉRCITO ROMANO


Roma quando passou a ser governada por um general e no auge de sua prosperidade tinha também o melhor exército que até hoje as melhores forças de defesa têm suas táticas baseadas nos moldes romanos. Eram soldados disciplinados e os mais organizados para a defesa de seu território e conquista de outros povos. Porém tinha a seu favor, um sistema que lhe garantia atuação. Não havia um sistema jurídico aleijado que o obrigasse a levá-lo para onde fosse atuar e nem havia restrições nas ordens para os generais por em prática em defesa da segurança nacional. O exército estava acima das leis. O exército era a lei. Nada o impedia de atuar tanto é que um sistema político composto de senadores ambiciosos deu lugar a um general que projetou Roma e estabeleceu um desenvolvimento social de infra-estrutura antes jamais feito. Embora os plebeus constituíssem a maioria da população eram marginalizados desde os tempos da Monarquia continuando até na República. Como conseqüência, os plebeus sofriam sérias discriminações. Nas guerras ficavam com os piores despojos; quando se endividavam e não podiam pagar suas dívidas, tornavam-se escravos. Nessa época, as leis não eram escritas, mas orais, baseadas na tradição, o que concedia grandes privilégios aos patrícios devido à sua complexa interpretaçãoOs plebeus não tinham direito de participar das decisões políticas. Tinham deveres a cumprir: lutar no exército, pagar impostos, etc. A segurança de Roma dependia de um exército forte e numeroso. Os plebeus eram indispensáveis na formação do exército, uma vez que constituíam a maior parte da população. Conscientes disso e cansados de tanta exploração, os plebeus recusaram-se a servir ao exército, o que representou um duro golpe na estrutura militar de Roma. Evidentemente que com essa discussão não estou falando que devemos aceitar uma nova ditadura militar governar o país. Mas o que deveria ser de fato realizado seria uma reformulação no sistema jurídico brasileiro dando ampla liberdade e poder para o sistema de segurança militar.

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